A música é um dos principais elementos da nossa cultura. Pergunte ao Google. Ele dirá que 60 mil anos antes de Cristo, flautas feitas de osso já eram usadas.
Música é de humanas, certo? Também. Isso porque no mundo das exatas, Pitágoras percebeu a divisão do som e fez uso experimental sonoro através do "monocórdio".
Muitas histórias se entrelaçam, se cruzam, quando nos perguntamos sobre o tempo de existência da música. Afinal ela faz parte da vida, da natureza existencial de todas as coisas.
E a música ocidental: quanto tempo tem?
Como assim "música ocidental"?
Considere que existem diferentes tipos de "leitura e sonoridade musical"; a música ocidental é a que nos guiou (nós, do ocidente) até aqui. Resumidamente, ela teve a capacidade de organizar o pentagrama (a partitura) e as 12 notas que, em criatividade infinita, usamos até hoje. Há registros das primeiras escritas musicais no século IX pelo Monge Guido d’Arezzo, que foi regente do coro da Catedral de Arezzo (Toscana). Ou seja, as notas e a escrita que conhecemos tem mais de mil anos de existência (e evolução)!
Se voce tem mais de 70 anos, saiba: levando em consideração o marco histórico de Chuck Berry nos anos 50, essa galera é mais BEM mais velha que o rock and roll.
O blues, o jazz, pop, hip hop, metal, hardcore, punk, brega e o funk são como crianças engatinhando em relação a história da música. Daí surge a dúvida: com tantos anos de essência, como será a música no futuro?
Bem, se mantivermos a harmonia do nosso planeta ainda veremos grandes acontecimentos! Como disseram ao Homem-Aranha que "grandes poderes exigem grandes responsabilidades" e tendo em vista as facilidades que nosso tempo nos dá, cabe a nós artistas irmos além, assim como fizeram os grandes. Desde Mozart até Grandmaster Flash.
É preciso lembrar que para podermos escutar suas músicas hoje, batalhas foram travadas, internamente e externamente. Dizem que Robert Johnson teve que vender sua alma ao diabo pra poder quebrar as regras e mostrar ao mundo o verdadeiro sentido de sua existência.
Sinto que para um futuro promissor da música - para quem ousa e quer dominador essa arte - a exposição/compartilhamento/produção/composição precisam ser cada vez mais intensas.
Ser músico nos dias de hoje é missão difícil. Manter a explosão que foram esses últimos 70 anos não é fácil. Resta - e tem que sobrar - a nós muita criatividade e respeito pela música, pela arte, pela história.
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