A mente criativa do Foo Fighters compartilha uma homenagem tocante ao seu mentor musical, Bob Mould.
// foto: Facundo Gaisler
Em um mundo onde as influências musicais são frequentemente traçadas até ícones reconhecíveis como os Beatles e Led Zeppelin, Dave Grohl, a alma vibrante por trás do Foo Fighters e ex-integrante do Nirvana, revela um maestro menos reconhecido mas igualmente significativo que moldou seu caminho musical. Em uma entrevista sincera, Grohl confessa a profunda influência que Bob Mould, o talento subestimado por trás das bandas alternativas Hüsker Dü e Sugar, teve em sua trajetória artística.
Durante uma conversa com a BBC em 2021, Grohl expressou uma admiração quase reverencial por Mould, alguém que ele não apenas admira, mas ativamente incorpora em sua própria criação musical. "Ele [Bob] criava essas letras com as quais eu me conectava tanto pessoal quanto emocionalmente. Ainda sou um grande fã dele", disse Grohl, destacando que a influência de Mould é tão profunda que se reflete em várias canções do Foo Fighters.
O respeito de Grohl por Mould é tanto que ele inclusive convidou o ícone do rock alternativo para colaborar em um dos álbuns mais celebrados do Foo Fighters, "Wasting Light" (2011), onde Mould emprestou seus talentos vocais e guitarrísticos para faixas como "Dear Rosemary" e "I Should Have Known".
O encontro de Grohl com seu herói musical, contudo, foi marcado por uma confissão franca e um pouco atrevida. “Na primeira vez que o conheci pessoalmente, estava nervoso, pois ele é um dos meus heróis. Tive que dizer: ‘Ah, cara, você é uma grande inspiração, eu te copio há anos'", compartilhou Grohl, destacando a influência duradoura e abrangente de Mould em sua própria carreira. Esta admissão foi encontrada com uma resposta sagaz de Mould: "Eu sei..."
Além de sua admiração por Mould, Grohl também fez questão de sublinhar a importância de inovação e evolução constante em sua música, citando a criatividade incansável de bandas lendárias como os Beatles e Led Zeppelin como exemplo. "Sempre respeitei isso nas bandas que amo: uma banda como Led Zeppelin, ou os Beatles, bandas que não ficavam estagnadas, mas se estendiam e experimentavam outras coisas", refletiu Grohl.
A transparência de Grohl e sua vontade de homenagear aqueles que influenciaram sua trajetória musical não apenas mostra uma humildade tocante, mas também oferece um vislumbre da teia interconectada e da profunda camaradagem que alimenta o mundo do rock. Esta revelação, cheia de respeito mútuo e admiração, só serve para realçar a evolução contínua da jornada musical de Grohl, um percurso marcado por uma busca incansável por inovação e uma profunda reverência pelas raízes do rock.
- CLUBE 885. Muito mais que rádio!
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