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Foto do escritorCabelinho

O SETEMBRO AMARELO DO JUSTIN


Pois a notícia do momento é a saúde mental do Justin Bieber, que o fez abandonar sua turnê na américa latina. Ele até cumpriu seu show no Rock in Rio, não sem antes fazer um certo suspense sobre sua aparição ou não no festival.


Confesso que não era muito fã dos sons do Justin Bieber até o Duda Couto, da Yoda e músico dos bons, me alertar sobre o álbum Purpose, que traz um Justin mais maduro e que nos apresenta músicas como Sorry, Why do You Mean?, No Pressure e Love Yourself.


O cara é compositor e dos bons, soube evoluir e também se cercar de músicos talentosos. Larguei meu pré-conceito lá atrás e passei a acompanhar melhor sua carreira e sim, passei a gostar de muita coisa do que ele faz.


Bieber passou de menino prodígio para garoto problema, colecionando polêmicas mas óbvio que possuí inegável talento e também muita mídia em cima de tudo o que faz. Neste momento ele se afasta dos seus afazeres para tratar de sua mente e tenta buscar seu equilíbrio, algo extremamente necessário.


Estamos em setembro e aqui no país o mês é o símbolo de uma campanha muito bacana: o Setembro Amarelo! Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza, em território nacional essa campanha. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo® é a maior campanha anti estigma do mundo! Em 2022, o lema é “A vida é a melhor escolha!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.

O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde - OMS em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 01 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS. Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.


O Brasil tem apresentado um aumento na incidência de casos de depressão, segundo levantamentos nacionais de saúde. De acordo com a Pesquisa Vigitel 2021, um dos mais amplos inquéritos de saúde do país, em média, 11,3% dos brasileiros relataram ter recebido um diagnóstico médico da doença. A frequência foi maior entre as mulheres (14,7%) em comparação com os homens (7,3%). (Fonte CNN)


Disso tudo podemos entender que mais de uma em cada dez pessoas que convivemos hoje em dia tem que lidar com quadro de depressão. A real é que precisamos ser mais empáticos e entender que a depressão é uma doença como todas as outras. Justin Bieber é um exemplo. Lendo nas redes sociais as pessoas seguem com aquele estigma: “ah, mas ele é rico, famoso, bonito. Impossível ter depressão!” Cito Chester Banning, Chris Cornell, Robin Williams e tantos outros que nos deixaram porque não conseguiram lidar com essa triste doença.


Que Justin tenha a mais rápida recuperação possível e que o setembro amarelo conscientize ainda mais as pessoas. Depressão não é frescura e precisa sim ser tratada com toda a seriedade do mundo. Se você puder ajudar qualquer pessoa que passa por isso, não pense duas vezes. Estender a mão é sim muito importante!




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